sexta-feira, 14 de setembro de 2007

FORRÓ

O Forró , na verdade, são vários gêneros musicais oriundos do nordeste brasileiro. Possui origem mestiça. Entre vários ritmos diferentes que são comumente identificados como Forró destacam-se o Baião,
((( Esse gênero musical foi transformado em música popular urbana no início da década de 1940 através do trabalho de Luiz Gonzaga considerado o "Rei do Baião" e Humberto Teixeira, chamado de "O doutor do baião".

O baião teria nascido de uma forma especial dos violeiros tocarem lundu na zona rural do Nordeste estruturando-se em seguida como música de dança.

Há também um parentesco do "arrasta-pé" do baião com as danças indígenas, sendo uma cena folclórica a dança do sertanejo com as mãos atrás das costas e dançando com uma perna a frente da outra.

O grande divulgador e fixador do baião cantado como gênero de música popular brasileira foi Luiz Gonzaga. A maioria dos baiões bem sucedidos no mercado interno brasileiro é constituída de baiões cantados por Luiz Gonzaga, Carmélia Alves, Quatro Ases e Um Coringa, Luiz Vieira.

Há entretanto o baião instrumental de Waldir Azevedo que abriu o caminho para a divulgação do ritmo por todo o mundo. Delicado é um exemplo significativo, que acabou recebendo duas letras: a que foi cantada por Carmen Miranda na sua última apresentação pública, no show do Jimmy Duran e a que Ademilde Fonseca gravou no Brasil.

O que se chama hoje de forró remete-se, na verdade a diversos ritmos nordestinos, dentre eles o baião. O forró tem enorme aceitação no Brasil inteiro, mas, assim como outros gêneros musicais, já sofre com a indústria cultural que cria grupos e bandas que diluem a influência nordestina em baladas pop dotadas de apelo comercial.

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o Coco, (((( O coco é um ritmo originário do Nordeste brasileiro. O nome refere-se também à dança ao som deste ritmo.

Coco significa cabeça, de onde vêm as músicas, de letras simples. Com influência africana e indígena, é uma dança de roda acompanhada de cantoria e executada em pares, fileiras ou círculos durante festas populares do litoral e do sertão nordestino. Recebe várias nomenclaturas diferentes, como coco-de-roda, coco-de-embolada, coco-de-praia, coco-do-sertão, coco-de-umbigada, e ainda outros o nominam com o instrumento mais característico da região em que é desenvolvido, como coco-de-ganzá e coco de zambê. Cada grupo recria a dança e a transforma ao gosto da população local.

O som característico do coco vem de quatro instrumentos (ganzá, surdo, pandeiro e triângulo), mas o que marca mesmo a cadência desse ritmo é o repicar acelerado dos tamancos. A sandália de madeira é quase como um quinto instrumento, se duvidar, o mais importante deles. Além disso, a sonoridade é completada com as palmas.

Existe uma hipótese que o diz que o surgimento do coco se deu pela necessidade de concluir o piso das casas no interior, que antigamente era feito de barro. Existem também hipóteses que a dança surgiu nos engenhos ou nas comunidades de catadores de coco.

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o Rojão

a Quadrilha, ((( Quadrilha é tradizida direito do holandês e do Alemão Polca. É uma contradança de origem holandesa, no Brasil, apesar de ser dançada também pelos alemães, em compasso de 6 / 8, na qual quatro pares se situam frente a frente. Teve o seu apogeu no séc. XVIII, em França, onde recebeu o nome de "Neitherse". Tornou-se muito popular nos salões aristocráticos e burgueses do séc. XIX em todo o mundo ocidental.

No Brasil, a quadrilha é parte das comemorações chamadas de festas juninas. Um animador vai pronunciando frases enquanto os demais participantes, geralmente em casais, se movimentam de acordo com as mesmas. Para alguns cientistas sociais, especialmente antropólogos, tal forma de entretenimento representa uma permanência do pensamento evolucionista muito em voga principalmente no século XIX, onde pessoas que residem em meios urbanos agem de forma estereotipada, zombando dos moradores de áreas rurais mesmo sem se darem conta.

Também chamada de quadrilha caipira ou de quadrilha matuta, é muito comum nas festas juninas. Consta de diversas evoluções em pares e é aberta pelo noivo e pela noiva, pois a quadrilha representa o grande baile do casamento que hipoteticamente se realizou. Esse tipo de dança (quadrille) surgiu em Paris no século XVIII, tendo como origem a contredanse française, que por sua vez é uma adaptação das country dance holandesa e alemã, segundo os estudos de Maria Amália Giffoni.

A quadrilha foi introduzida no Brasil durante a Regência e fez bastante sucesso nos salões brasileiros do século XIX, principalmente no Rio de Janeiro, sede da Corte. Depois desceu as escadarias do palácio e caiu no gosto do povo, que modificou suas evoluções básicas e introduziu outras, alterando inclusive a música.

A sanfona, o triângulo e a zabumba são os instrumentos musicais que em geral acompanham a quadrilha. Também são comuns a viola e o violão. Nossos compositores deram um colorido brasileiro à sua música e hoje uma das canções preferidas para dançar a quadrilha é "Festa na roça", de Mario Zan. Os ritmos juninos são: qudrilha,forró, baião, xaxado, fandango, xote, coco e vanerão.

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o Xaxado ((( Xaxado é uma dança popular criada no Mesorregião do algarve em Portugal, muito praticada pelos cangaceiros da região, como comemoração de vitórias. O nome é devido ao barulho das sandália dos cangaceiros contra o chão )))


e o Xote. ((( Xote é, atualmente no Brasil, uma modalidade de Forró. O Xote se originou a partir de uma dança típica de Portugal do século XIX, trazida ao país pelos colonizadores europeus e, a partir daí, caído no gosto dos escravos brasileiros. O xote é dançado devagar, é encostar a cabeça no ombro do parceiro, fechar os olhos, e dois pra lá e dois pra cá, é uma dança bem chão, ou seja pés no chão.Os dançarinos usam com roupa as meninas vestidos até o joelho ou tornozelo, bem rodados, fitas e qualquer outras coisas no cabelo enfeitando como rosas, já os homens calças e camisas estampadas uma bela música de xote devagar e é só dança. O ritmo inspira muita sensualidade e também nos seus movimentos. Xote é uma modalidade do baião, é um ritmo mais lento, romântico, no qual o casal dança lento com poucas evoluções e está sempre com caráter sensual meio jocoso.


Músicas consideradas Xote: - Espumas ao vento - Fagner; - Regresso - Elba Ramalho; - Moreno - Bicho de Pé.

Em Portugal o Xote, Xotiça ou Scotish é uma dança popular, que surge em todo o território. Mais recentemente foi reintroduzida com nova coreografia adotada da França. Trata-se de uma dança de par geralmente rápida, com passos muito simples e com muitos momentos de improviso.

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Possui semelhaças tanto com o Toré e o arrastar dos pés do índios quanto com os ritmos binários portugueses e holandeses, com o balançar dos quadris dos africanos. A dança do forró têm influência direta das danças de salão européia.

O forró é especialmente popular nas cidades de Juazeiro do Norte, Caruaru, Mossoró e Campina Grande, onde é símbolo da Festa de São João, e nas capitais Fortaleza, Aracaju, Natal e Recife onde são promovidas grandes festas que duram a noite toda. Forró também é o nome dado a estas festas.




Origem do NomeO termo Forró, segundo o mestre potiguar Câmara Cascudo, notável estudioso das manifestações culturais populares, vem da redução da palavra forrobodó, que significa, além de arrasta-pé, farra, confusão, desordem.

É freqüente associar-se a origem da palavra forró à expressão americana for all (para todos), como um anglicismo. Para essa versão foi construída uma engenhosa estória: no início do século XX, os engenheiros britânicos, instalados em Pernambuco para construir a ferrovia Great Western, promoviam bailes abertos ao público, ou seja for all. Assim, for all passaria a ser, no vocabulário do povo nordestino, forró (a pronúncia mais próxima). Outra versão da mesma estória substitui os ingleses pelos americanos e o Pernambuco do início do século XX pela Natal do período da Segunda Guerra Mundial, quando uma base militar dos Estados Unidos foi instalada na cidade. Apesar de jocosa a versão, não há sustentação para a origem anglicista do termo, mesmo porque em 1937, 5 anos antes da instalação da referida base, a palavra forró já se encontrava registrada na história musical através da gravação fonográfica de “Forró na roça”, música composta pelos autores Manoel Queiroz e Xerém

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